Uma Rápida Review – Giniro no Kami no Agito

Review originalmente publicada na página do blog no facebook, em 19/02/2017

Eu vou dizer que eu não sabia nada desse filme antes de pegar pra assistir, mas por algum motivo ele estava na minha lista de plan to watch do My Anime List e eu pensei “oh bem, preciso ver algo domingo e o poster desse é bonito, vamos dar uma olhada”. E foi… ok. Não ótimo, mas também não terrível: só “ok”.

Vamos lá, sinopse: se passando no distante futuro, quando após algum tipo de desastre a floresta engoliu a humanidade, começamos a história com Agito, que vive em uma vila que mantém uma convivência pacífica com a floresta ao seu redor. Mas eis que um dia Agito encontra uma antiga câmara criogênica, vestígios da civilização do passado, da qual sai então Tula. A partir daqui, a história se foca então numa espécie de previsão que a própria floresta faz, de que a menina seria a responsável por trazer a destruição.

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Uma Rápida Review – Paprika

Review originalmente publicada na página do blog no facebook, em 15/01/2017

Desta vez, uma análise do filme de 2006 do diretor Satoshi Kon: Paprika \o/ E… olha, eu estaria mentindo se dissesse que estava animado para esse filme. Depois de já ter visto quase tudo do diretor e já ter percebido que o estilo dele simplesmente não é pra mim, eu já tinha uma boa ideia de qual seria a minha reação a Paprika.

Mas… Olha, eu gostei. Bastante. Certamente o melhor filme do diretor, ao menos dentre os 3 que vi. Talvez porque aqui não caímos no problema que eu tive com todas as outras obras dele, na qual a indistinção entre realidade e ilusão é tão exagerada que é até difícil de entender o que no filme importa de fato ou não. Seja como for, foi um filme bem divertido.

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Review – Flag (Anime)

Flag // Review 17/11/2017 1
Flag

Si vis pacem para bellum. Se quer a paz, prepara-te para a guerra. Um velho provérbio de um povo que construiu todo um império com guerras preventivas cujo propósito seria garantir a paz: os romanos. É uma frase que expressa uma profunda contradição humana: somos uma espécie marcadamente violenta, mas que ainda assim almeja pela paz, mesmo que a força. Ao mesmo tempo, ela é uma frase que deixa de lado uma triste verdade, sobretudo nos dias atuais: nem toda guerra visa a paz. Instrumento político, instrumento econômico, mesmo instrumento religioso: a guerra pode trazer benefícios o bastante a certas pessoas a tal ponto que ela pode se tornar um fim em si mesma. Anime não é muito bom em retratar guerras, muito menos as sutilezas que a engendram. Sim, a guerra já apareceu como cenário em incontáveis obras, mas quase sempre ela é apenas isso: cenário. Quando muito temos junto disso alguma mensagem sobre os horrores da guerra ou a tolice humana, uma mensagem que, sim, é sempre atual, mas cuja repetição já a tornou apenas mais um lugar-comum narrativo.

Flag foi lançado em 2006, no formato de uma série de 13 episódios para a internet. Uma obra original do estúdio Answer, com roteiro de Toru Nozaki e direção de Ryosuke Takahashi e Kazuo Terada. A história se passa no país fictício de Uddiyana, onde uma guerra civil entre duas facções religiosas já ocorre há algum tempo. Fotojornalista, Saeko Shirasu é enviada para cobrir o evento, e em um golpe de sorte tira uma foto que viria a se tornar um símbolo de paz e esperança para o povo de Uddiyana. Com a intervenção das Nações Unidas no país, um acordo de paz está para ser assinado, mas eis então que a bandeira que aparece na foto de Shirasu, e que se tornou ela mesma um símbolo de paz, é roubada por um grupo terrorista extremista. Uma equipe é então montada para ir atrás da bandeira, e as Nações Unidas querem que Shirasu documente todo o evento com sua câmera. Como sempre, não há muito mais que eu possa dizer sem entrar em spoilers, então considere esse o seu aviso. Esse é um anime que realmente vale a pena assistir, e se ainda não o fez fica aqui a minha recomendação.

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Ergo Proxy – Raison d’Être e o Sentido Existencialista da Vida.

Ergo Proxy // Análise 30/10/2014 // 1
A cidade construída em um domo: Romdeau City

Chegando às televisões japonesas no ano de 2006, produzido pelo estúdio de animação Manglobe e dirigido por Shuko Murase (à época já tendo sido responsável por, entre outros projetos, o anime Samurai Champloo), Ergo Proxy foi, de modo geral, bastante aclamado. A história se passa no distante futuro, onde as condições climáticas e naturais da Terra se tornaram tão contrárias à vida que a espécie humana foi forçada a viver em Domos, enormes cidades construídas dentro de redomas climatizadas. Nesta cidade vive Re-L Mayer, investigadora incumbida de investigar uma série de assassinatos aparentemente relacionados com a incidência do vírus cogito, um vírus que dá aos AutoReivs (robôs autômatos de aspecto antropomórfico) a consciência, fazendo com que se rebelem contra as ordens de seus senhores humanos. Após ser chamada para investigar um caso desse tipo, Re-L presencia a existência de uma criatura estranha, de forma humanoide e incríveis habilidades sobre humanas, que depois a personagem viria a reconhecer como sendo um Proxy. Ao longo da história, seguimos a tragetória de Re-L em sua tentativa de entender o que são os Proxys, o que a leva em uma jornada pelo mundo devastado que a fará repensar os seus conceitos do mundo externo ao domo em que nasceu.

E agora eu deixo aqui os avisos de sempre: a postagem conterá spoilers, especialmente alguns spoilers referentes ao  final do anime. É altamente recomendado que se assista ao anime antes, não apenas para evitar levar spoilers como também para ter um melhor entendimento das coisas que falarei aqui. O anime tem apenas 23 episódios e certamente vale a pena ser visto. Isto dito, se você não pretende ver ao anime ou não se importa em levar spoilers, sinta-se a vontade para continuar. E aos que continuarem, eu desejo uma boa leitura ^-^

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