O que traduzir?

Quando um novo mangá está para ser lançado no Brasil, grande parte dos fãs deste engolem em seco. E isto fazem os mais otimistas: há sempre aqueles que não escondem o quão profundamente machucados a perspectiva de ter seu mangá favorito nas mãos de qualquer editora brasileira os deixam, esbravejando que a dita editora irá “arruinar” o mangá. O motivo de tanta insegurança? A tradução. Algo que, para muitos, parece soar como um sinônimo de “blasfêmia”.

Pode parecer um exagero de minha parte, mas é o que de fato ocorre. Obviamente, sempre existem aqueles fãs que vibram de alegria com a perspectiva de terem seu mangá favorito acessível em formato físico. Mas mesmo estes não deixam de apontar uma ou outra “falha” na tradução. “A grafia do nome deste personagem foi mudada”, ou “o nome desse personagem está na ordem ocidental, não oriental”, ou ainda “removeram o ‘-kun’, ‘-san’, ‘-sama’, etc.”, além de diversos outros exemplos. Ao que parece, desde que se tornou possível ler os mais diversos mangás online (seja na forma de traduções feitas por fãs, seja no original em japonês) os fãs brasileiros tem buscado uma suposta fidelidade ao original que as grandes editoras parecem não conseguir atingir.

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