Review – Tamayura (Anime)


Uma ode às boas lembranças.


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Review – Ginga Eiyuu Densetsu (Anime)

Ginga Eiyuu Densetsu // Review 05/05/2017 1
Ginga Eiyuu Densetsu

Ginga Eiyuu Densetsu (ou Legend of The Galactic Heroes, como ficou mais conhecido no ocidente). Dentre os animes, poucos títulos possuem o mesmo peso que este. Baseados na série de livros de ficção científica escrita por Yoshiki Tanaka, os 110 OVAs que perfazem a série foram lançados entre 1988 e 1997, em um total de quatro temporadas. A primeira delas, que vai do episódio 1 ao episódio 26, foi produzida pelos estúdios Artland e Madhouse, mas a partir da segunda temporada a produção ficou a cargo da Artland junto do estúdio Magic Bus. Em sua história, que se passa no distante futuro, Ginga Eiyuu Densetsu nos mostra uma galáxia dividida entre duas enormes nações em guerra: o monárquico Império Galáctico e a republicana Aliança dos Planetas Livres. O foco da trama, porém, é colocado em dois protagonistas, cada qual um militar de alta patente no exército de sua nação: respectivamente, Reinhard von Lohengramm e Yang Wen-li.

Mas não espere desta obra uma visão demasiado maniqueísta das coisas. Tematicamente falando, Ginga Eiyuu Densetsu é essencialmente sobre como cada sistema de governo pode ter as suas vantagens e desvantagens. Certamente que a ditadura pode trazer imenso mal ao povo quando seu governante é um déspota, mas é inegável que ela pode trazer mudanças muito mais rapidamente do que outros sistemas. Já a democracia representativa pode dar poder ao povo, mas se este só escolhe os mais corruptos, inaptos e egoístas, que vantagem trouxe esse poder? Perguntas do tipo são levantadas ao longo de toda o anime, sem nunca termos uma resposta realmente clara: é algo para cada um considerar. Mas antes de seguir em frente, eu vou parar por aqui para deixar o costumeiro aviso de spoilers: quem ainda não viu o anime, eu altamente recomendo que o faça.

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Review – Tenshi no Tamago (Anime)

Tenshi no Tamago // Review 15/04/2016 // 1
Tenshi no Tamago

Com certa frequência, ao fazer a review de uma obra qualquer, eu acabo usando o adjetivo “única” para definir a obra em questão. Mas o que usar, então, ao topar com uma obra que é tão diferente, tão absurdamente díspar de tudo o que já vi, que mesmo a palavra “única” já não parece o suficiente para descrever o quão… bom, “única”, é a obra em questão? Sinceramente, eu não sei. Mas qualquer que seja essa palavra, ela certamente se aplica ao anime desta review. Uma produção da Tokuma Shoten [1], com direção de Mamoru Oshii, o OVA de 71 minutos Tenshi no Tamago foi lançado em 1985, e foi inicialmente um verdadeiro fracasso de vendas. Contudo, o tempo passou,  e hoje o filme é muito mais bem recebido. E dá para entender porque. Do ponto de vista artístico, incluindo ai elementos que vão da composição das cenas, passando pela arte (sobretudo a arte dos cenários), até o uso do simbolismo que permeia todo o filme, esta obra é claramente excelente, para dizer um mínimo. Mas dá para entender o inicial descontentamento, pois tudo o que filme tem de excelente em sua parte técnica e artística ele tem de praticamente inexistente em sua parte narrativa.

Tenshi no Tamago é a história de uma menina, cujo nome nunca chegamos a saber, que passa seu dia correndo por uma cidade, aparentemente deserta, com um enorme ovo por debaixo do vestido. Eventualmente, durante sua caminhada, ela acaba encontrando com um homem, do qual também nunca aprendemos o nome, que parece ser algum tipo de soldado ou militar. Falar mais do que isso, porém, irá exigir alguns spoilers. Agora, quem já leu outras reviews minhas deve saber que esta seria a parte em que eu recomendaria ao leitor que fosse assistir a obra antes de continuar a leitura. E eu meio que mantenho isso, mas desta vez é preciso fazer uma ressalva: esse filme não é para qualquer um. Honestamente, muito me surpreendeu que eu não tenha odiado esse filme. Acima de tudo, esse filme é uma experiência e uma experimentação áudio-visual e artística. Ele é extremamente confuso, e praticamente nada nele é explicado. Além disso, ele é lotado de simbolismos que podem ou não querer dizer alguma coisa sobre alguma coisa. É, é nesse nível… Honestamente, eu só digo que vale a pena dar uma chance porque é pouco mais de uma hora de filme, então não é como se você estivesse perdendo muito mesmo que acabe não gostando. E feitos todos os avisos, vamos à review.

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