
Qual foi a última vez que você entrou em um grupo no Facebook? Com isso eu quero dizer: qual foi a última vez que você foi até a barra lateral da plataforma e conscientemente clicou em um grupos que talvez ali estejam? Agora, para explicar o porquê dessa pergunta eu preciso comentar sobre como eu utilizo esses grupos. Vejam, este é um blog sobre anime e mangá, afinal. Como tal, a vasta maioria dos grupos em que estou – praticamente todos, na verdade – são sobre anime e mangá: locais onde eu possa divulgar o meu conteúdo. Houve um tempo ainda no início da maior popularização do Facebook que eu também havia entrado em grupos de memes e de debates variados, mas há muito que o cansaço para com os primeiros e a queda na qualidade dos segundos me afastaram de praticamente todo grupo ao qual eu não possa dar um uso imediado – novamente, ferramenta de divulgação. É um tanto quanto irônico, porém, que eu raramente divulgue meus textos em grupos. Apesar de dar um bom retorno quando eu comecei essa prática, este retorno foi diminuindo, e após um tempo simplesmente não valia mais o esforço. Bom, recentemente eu decidi conferir cada grupo no qual eu já havia entrado, e digamos que deu para ter uma boa ideia do porquê dessa queda em cliques – bom, ou ao menos parte do motivo.
A vasta maioria dos grupos nos quais eu havia entrado estavam praticamente mortos. Ainda havia uma ou duas postagens por dia, mas quase sempre apenas alguém promovendo a própria página ou canal – sem nenhum comentário ou reação nessas publicações. Agora, os grupos de anime e mangá no Facebook nunca foram bastiões da excelência de conteúdo – bem pelo contrário, na verdade. Em novembro de 2016 eu publiquei meu artigo O meio otaku no facebook e os meus problemas com ele, onde critico questões como o overexposure a meia dúzia de animes, a preponderância de imagens como “curte para X, comente para Y”, o excessivo cinismo e ironia em grupos com fãs um poucos mais experientes na mídia, e toda uma sorte de problemas que basicamente só fizeram piorar desde então, para ser bastante sincero. Mesmo assim, ter tantos grupos, muitos deles com membros na casa dos milhares, simplesmente morrerem foi um pouco… estranho. Embora bastou procurar novos grupos para descobrir que esse meio continua tão ativo quanto nunca – para o bem e para o mal. Dito isso, a experiência me fez pensar algumas coisas não tanto sobre o meio otaku no Facebook, mas sim sobre o Facebook de maneira geral.