
Então, aqui a premissa da história. Tudo começa quando 70% da Lua é destruído em uma explosão. Na Terra, uma criatura que mais parece um polvo antropomórfico de pele amarela assume a responsabilidade pelo desastre, e ainda diz que fará o exato mesmo com o planeta azul dali exatamente um ano. Tomando assim o mundo todo como refém, ele faz então uma exigência: ele gostaria de ser o professor de uma certa turma de alunos, e diz que, enquanto exercer a profissão, seus alunos ainda estariam livres para tentar assassiná-lo. Não querendo perder a chance de manter essa criatura em um lugar só, o governo japonês concorda, e é assim que a turma 3-E do colégio Kunigigaoka recebe seu mais novo professor, um capaz de se mover à uma velocidade 20 vezes mais rápida do que a do som, desviando de uma saraiva de balas enquanto ainda faz a chamada. Os alunos o apelidam de Koro-sensei, um trocadilho com as palavras sensei, “professor”, e korosenai, “impossível de matar”, e logo ele se provará o melhor professor que essa turma já teve.
Se tudo isso lhe pareceu um tremendo absurdo, você não está sozinho. Chamar a premissa de Ansatsu Kyoushitsu de “inusitada” ainda não lhe faria justiça. Mais conhecido no ocidente pelo título Assassination Classroom, o mangá é de autoria de Yusei Matsui, e foi originalmente seriado na revista Shounen JUMP entre 2012 e 2016, resultando em um total de 21 volumes além de uma adaptação para anime em duas temporadas, a primeira em 2015 e a segunda em 2016. Sucesso de público e de vendas, Ansatsu Kyoushitsu é certamente um ótimo mangá, que começa como uma excelente comédia e termina como uma montanha russa de emoções incrivelmente satisfatória, além de ainda trazer algumas temáticas bastante dignas de discussão. No Brasil, o mangá foi publicado na íntegra pela editora Panini, começando em 2014 e finalizando em 2017. Quem ainda não leu, fica aqui a minha recomendação, inclusive porque a review terá spoilers. E para os que ficaram, vamos então falar um pouco sobre esse mangá. Continuar lendo