Comentários Semanais – JoJo Parte 5; Goblin Slayer; Bunny Girl; e muito mais.


O que assisti essa semana.


Olá a todos, e bem vindos a mais um Comentários Semanais \o/ Como de costume, aqui uma seleção dos animes da temporada, animes de longa duração, e demais animes que assisti ao longo dessa semana. Com uma adição à última: finalizado Fushigi no Umi no Nadia (review em breve!), finalmente comecei Non Non Biyori Repeat!

Lembrando que aqui nos Comentários não aparecem os animes do Café com Anime, então não deixe de conferir eles também. Aqui no blog vocês podem ler as conversas sobre Yagate Kimi ni Naru, no Anime 21 temos as de Banana Fish, no Dissidência Pop temos as de Zombieland Saga, e no Finisgeekis temos as de Irozuku Sekai no Ashita Kara. Não percam!

E sem mais delongas, vamos então para os animes!


Temporada de Outono / 2018


JoJo no Kimyou na Bouken: Ougon no Kaze, episódios 7 e 8

Após escaparem do ataque ao barco, o grupo de Giorno descobre que o inimigo na verdade estava se comunicando com alguém no continente, e o avisou para onde o barco estava indo. De onde temos o estopim para esse novo mini arco, com Giorno e Mista se adiantando à ilha de destino para tentar encontrar – e derrotar – a pessoa com quem o inimigo falava.

Francamente, eu não tenho muito o que falar aqui. Como eu já havia previsto na semana retrasada, esse arco maior da busca pelo tesouro do Polpo vai servir sobretudo pra nos apresentar aos personagens da gangue do Buccellati e aos stand de cada um. O da vez foi o Mista e seu Sex Pistols, e eu não posso deixar de pensar que foi o pior stand até o momento. Redirecionar balas não é um poder assim tão inventivo, e o fato do stand ser seis “coisinhas” bem irritantes também não ajuda.

O poder do inimigo, por outro lado, foi bem mais interessante, sendo capaz de fixar coisas no lugar. Falando assim não parece grande coisa, mas a variedade de usos – ofensivos e defensivos – que o poder permite é exatamente o tipo de loucura criativa que dá o charme de JoJo.

Vamos ver, o que mais… Teve a dancinha no episódio 6, que foi basicamente uma viagem de ácido sem lá muito propósito, mas ei, muita gente parece ter curtido. O episódio 7 começa com ainda outro flashback, ainda que dessa vez ele pelo menos foi bem rápido (simples como seu personagem, eu acho). Só espero que essa fórmula acabe junto desse arco.

Sinceramente, não muito a dizer desses dois episódios. Me interessei muito mais pelo final, com o Giorno subindo no caminhão. Se o anime não fizer de conta que isso nunca aconteceu – dando alguma desculpa como ele ter ido e voltado – é uma chance de o vermos agindo sozinho novamente. Ou, ao contrário, de vermos a gangue do Buccellati tendo de agir sem o seu mais novo membro. Esperar pra ver.

Goblin Slayer, episódios 6 ao 8

Eu não falei antes de Goblin Slayer porque achava que esse arco na cidade das águas fosse ser curto. Bom, aparentemente eu estava errado, e nesse ponto eu começo a pensar se esse não será o arco final do anime mesmo. Encerrar após salvarem a cidade me parece um bom ponto para finalizar essa história.

O episódio 6 mantém o tom mais leve que a série estabeleceu desde o seu segundo episódio, com inclusive algumas piadas aqui e ali (como surgir um gigantesco crocodilo no esgoto só para o Goblin Slayer dizer que “não é um goblin”). O episódio 7, por outro lado, é onde a história toma um rumo um pouco mais dark, com a party sendo pega numa armadilha dos Goblins e escapando por muito pouco.

Sinceramente, eu sinto que já estamos longe demais na história para tentar termos um momento do tipo. Digo, enquanto por um lado foi legal mostrar mais a fragilidade do Goblin Slayer, que desta vez ficou de fato por um fio, não é como se o personagem título fosse morrer, né? Os secundários talvez, mas eu diria que se fosse o caso então o anime desperdiçou a sua única chance: depois de saírem todos vivos eu vou ter sérios problemas para acreditar que qualquer um deles corre algum risco real nessa história.

Dito isso, vou dizer que eu gostei bastante do momento onde temos os dados rolando, quando o Goblin Slayer está caído. Que a história é bastante inspirada pelo RPG de mesa é algo bastante óbvio, mas cenas como essa me fazem pensar se tudo isso não seria literalmente um RPG de mesa. Bom, mas mesmo que não, dados são uma metáfora para a sorte e o destino há um bom tempo, e certamente encaixam aqui.

O episódio 8 começa com um momento de calmaria, e acho que é episódio que mais enfatiza o que me parece que será o arco narrativo do Goblin Slayer, que é o recuperar da sua humanidade. Ele se tornou uma máquina de matar goblins, ao ponto mesmo que o senhorio na fazenda disse que já era tarde demais para ele, mas acho que sua convivência com o restante da party é o que provará o contrário. Não sei se chegaremos a tanto no anime, mas suponho que seja o ponto no mangá.

Seishun Buta Yarou wa Bunny Girl Senpai wo Minai, episódios 7 e 8

E quebrando um pouco sua fórmula, Bunny Girl nos entrega um arco em dois episódios, ao invés de três. E vou dizer que talvez seja o meu arco favorito até aqui.

Bom, antes de mais nada, vou dizer que me surpreendeu o fato do arco ser da Futaba, não da Shouko. Mas talvez eu já devesse esperar, dado que, pelo que li de comentários aqui e ali, o arco da Shouko deverá ser adaptado em um filme a ser lançado no ano que vem. Oh bem.

Agora, sobre o arco. Que a separação literal da Futaba servia de metáfora para algum tipo de incerteza que ela tinha era óbvio desde o começo. Mas enquanto no começo somos levados a acreditar que o motivo seria os seus sentimentos para com o Kunimi, estando apaixonada, mas sabendo que ele já tem alguém, o episódio 8 subverte muito bem essas expectativas.

Como a própria explica, Futaba tem um sério complexo de inferioridade, e um medo bastante profundo de ficar sozinha, tal como estava antes de entrar no ensino médio e conhecer o Sakuta e o Kunimi. Numa sociedade funcional ela seria mandada a um psicólogo, mas como esse é o mundo dos animes o que temos é o protagonista para lhe consolar. Bom, é alguma coisa.

Mas sarcasmo de lado, ao menos desta vez o Sakuta não é esse cavaleiro de armadura brilhante que resolve todos os problemas. Ele está lá para ajudá-la, sim, desta vez como o bom amigo que é, mas no final é a própria Futaba quem precisa entrar em acordo consigo mesma: o que ela o faz.

Numa nota lateral, muita gente odeia a namorada do Kunimi, não totalmente sem motivo, mas o fato de que a primeira atitude dela ao descobrir a conta secreta da Futaba foi a de avisar o Sakuta parece indicar que há algo mais ali para além da sua rispidez. Não acho que nos aprofundaremos muito mais nela, mas ainda foi um detalhe legal na caracterização da personagem.

Kaze ga Tsuyoku Fuiteiru, episódios 6 ao 8

Na última vez que falei de Kaze ga Tsuyoku, eu disse que o Youhei poderia trazer à tona o conflito de como o Haiji está forçando nos demais o seu próprio sonho, ignorando o que os outros desejam. Infelizmente, esse não foi bem o caso, e tal como os demais o Youhei acabou sendo convencido a participar mais nos treinos e corridas.

A fala do Haiji sobre correr com a realidade, ao invés de correr da realidade é uma até que bonitinha, mas essencialmente vazia quando é ele que está impondo o que quer aos demais. E a fala do Takashi sobre tentar dar uma chance honesta a algo que foi obrigado a fazer é bem um reflexo dessa tendência do japonês a evitar o conflito. É, não acho que o anime pretenda reconhecer o quão babaca o seu protagonista está sendo.

O episódio 7 nos trás a primeira real corrida do anime, onde vemos em que ponto está cada personagem, tanto em relação uns aos outros como em relação aos demais times praticantes do esporte. Já o episodio 8 nos mostra o aftermatch disso, com o Kakeru ficando particularmente irritado com a sua derrota e a aparente falta de compromisso com que os demais encararam as próprias.

A discussão do Haiji e do Kakeru na cozinha ao final do episódio é bem interessante, mas enquanto o Haiji faz um bom caso ao argumentar que se tudo o que importa na corrida é a velocidade então é melhor só entrar num carro, eu entendo muito mais o lado do Kakeru. É um esporte, afinal: não é uma questão de velocidade, é uma questão de vencer. E se tudo o que você quer é se divertir, pode ir correr na praça, ao invés de participar em uma competição.

Anima Yell!, episódios 7 e 8

Anima Yell segue sendo o melhor “garotas fofinhas” da temporada – mas nesse ponto eu acho que vocês já sabem dessa minha opinião.

Eu não tenho muito o que falar do episódio 7, que foi um compilado de três cenários: um primeiro da Kotetsu querendo emagrecer (apesar dos avisos da Hizume de que não há nada de errado com o peso dela), um segundo das quatro garotas indo visitar uma loja de cheerleading, e um último da Hizume tentando fazer amigas na própria sala. Todos divertidos ao seu modo, mas não com muito o que comentar.

Entretanto, ao final do episódio 7 a quinta garota do anime finalmente confronta as demais, e o 8 é dedicado justamente à nos introduzir a Ushiku. Dito isso, não da pra dizer que aprendemos muito sobre ela nesse episódio, fora que é uma garota orgulhosa e que ela totalmente quer o corpo da Hizume nu (quase tanto quanto a Uki quer o da Kohane). Nada que já não sabíamos, pra ser franco.

Que ainda restem quatro episódios significa que ainda há tempo para desenvolvê-la um pouco mais, e confio no anime para lhe dar mais um ou dois “quirks” da mesma forma que as demais garotas receberam. É esperar pra ver!

Beelzebub-jou no Okinimesu mama, episódios 5 ao 7

Não muito a comentar aqui, eu só queria mesmo reconhecer que este anime existe e que mais pessoas o deviam estar assistindo. Uma dose semanal de fofura bastante bem vinda.

No episódio 5 somos introduzidos a Dantalion, o garotinho responsável pela biblioteca do Pandemônio, além do seu assistente-não-oficial Moloch. Dois personagens bem divertidos, diga-se de passagem, bastante bem vindos num anime cujo elenco secundário tende a ser bem fraco.

O episódio 6 é o mais interessante dos três, nos mostrando um pouco mais da Beelzebub. Por um lado, vemos novamente como ela é capaz de manter a compostura e fazer um trabalho adequado como regente do Pandemônio. Por outro, aprendemos sobre o seu medo de relâmpagos, advindo do fato de ter sido com um destes que Deus a atirou no inferno. Uma boa caracterização para a personagem, que finalmente soube utilizar do cenário e backstory do anime.

E com todo o elenco estabelecido, o episódio 7 vem sobretudo para nos mostrar um pouco desses personagens interagindo – no caso com um foco especial nos cinco garotos, conforme Astaroth abre uma casa de banho no Pandemônio. Diga-se de passagem, que o episódio “de termas” seja justamente o episódio onde temos bem pouco fanservice feminino foi uma interessante quebra de expectativas.


Animes Longos


GeGeGe no Kitaro, episódio 34

De fato, parece que estamos caminhando para o final do arco. Backbeard faz uma nova entrada, para um segundo confronto contra Kitaro e seus amigos. Desta vez, porém, ele leva a pior, ou ao menos assim pareceu a princípio. Mesmo literalmente explodindo, parece que ou aquele não era o corpo real dele, ou então ele possui uma capacidade de regeneração absurda (o que leva à pergunta de como irão vencê-lo no final).

Os yokai da floresta gegege se posicionando contra a permanência da Agnes ali traz novamente a questão da coexistência entre ocidente e oriente. Tematicamente, todo esse arco parece ter sido sobre uma invasão ocidental do Japão, tanto de forma literal e direta, com os yokai ocidentais vindo atacar, como de formas mais indiretas, a exemplo do halloween e dos doces ocidentais substituindo o feijão azuki. Felizmente, o ponto do anime parece ser o da coexistência: é melhor adequar-se aos novos tempos do que tentar insistir no isolamento.

O final do episódio levanta que a Agnes aparentemente possui um papel bem mais proeminente no projeto Brigadon do que ela contou até o momento, e diria que logo descobriremos que Backbeard por as mãos nela pode ser tão ruim quanto por as mãos no anel de Arcana. Me parece óbvio que a Agnes será algum tipo de sacrifício, e não duvido nada que Kitaro e companhia ainda a tenham de resgatar de mais sequestros no futuro.

Yu-Gi-Oh! VRAINS, episódio 78

Não muito a comentar sobre esse episódio.

Nós começamos com o time do Yusaku encontrando a antiga prisão da Aqua, apenas para descobrir que não há mais nenhuma pista ali quanto à localização do Lighting. O restante do episódio é dedicado ao Blood Shepard, e o mais interessante aqui é descobrirmos as verdadeiras intenções da SOL tecnology – bom, ou ao menos em parte.

Ao que parece, a SOL quer usar dos ignis atuais para criar seus próprios ignis, suas próprias IAs dotadas de livre arbítrio. Mas acho bem difícil que isso seja um fim em si mesmo. Em todo caso, a informação abre algumas possibilidades.

Em primeiro lugar, se o plano for fazer novas IAs com base nos ignis, acho bem possível eventualmente termos um “Earth 2.0”. Sim, o anime foi bastante enfático de que ele morreu “de verdade”, mas ainda é um anime para crianças, e um Yu-Gi-Oh ainda por cima. Continuo cético quanto ao destino do Earth.

Outra possibilidade e que qualquer IA que a SOL crie acabe por se voltar contra eles, assim gerando o real final boss do anime. Pois eu mantenho que acho bem pouco provável que esse arco do Lightning seja o último.


Outros Títulos


Non Non Biyori Repeat, episódios 1 e 2

E finalmente eu comecei a segunda temporada de Non Non Biyori! Mas é engraçado que ela mal soa como uma segunda temporada, o que talvez explique o subtítulo “repeat“.

Esses dois episódios chegam a ser praticamente um reboot na história, primeiro nos mostrando a Renge entrando no seu primeiro ano do fundamental e depois nos mostrando a chegada da Hotaru à cidade. Diria mesmo que por esse começo é possível começar por essa temporada, sem precisar assistir a anterior (mas assistam mesmo assim, é divertida).

O tom até aqui parece mesmo mais próximo do último episódio da primeira temporada e do especial, ao invés do tom do começo da primeira temporada. Mais slice of life iyashikei do que uma pura comédia. O que me agradou bastante, e agora é ver se o anime se mantém assim. Seja como for, foi um começo bastante promissor.

Futari wa Pretty Cure, episódios 6 e 7

Oh boy, por onde eu começo…

Pissard morreu, e em seu lugar ganhamos um vilão ainda mais burro. Única diferença é que o Zakenna desse possui seres vivos ao invés de objetos, o que é um conceito legal e me faz pensar no que o Zakenna dos demais malvadões possuirão, mas no final ainda significa a manutenção do status episódico da série. O que não seria ruim se os episódios fossem bons, mas né…

Dando crédito ao show, sua parte slice of life segue sendo o que o título tem a oferecer de melhor. Acho que disse isso no meu comentário anterior, mas de puro filler até a luta essa parte do cotidiano das garotas se tornou a mais divertida do episódio. Que infelizmente é cortada por lutas anticlimáticas com animação bem porca. Complicado isso ai.

Nesse ponto eu tenho a teoria de que Precure só fez sucesso por ser o único mahou shoujo estreando na sua temporada, porque a qualidade da coisa é que não foi o motivo.

Ginga Tetsudou 999, episódios 30 ao 32

Surpreendentemente, uma sequência de bons episódios! (Halleluya Chorus toca ao fundo).

O episódio 30 foi ok. Foi melhor que os anteriores, mas convenhamos que a barra não estava lá muito alta (tava praticamente enterrada no chão, na verdade). Tetsuro é sequestrado por um grupo de fantasmas, uma das quais a mãe de um menino fantasma, que deseja entregar o corpo do Tetsuro ao filho. É um episódio legal em termos de mostrar a tragédia de vidas encerradas muito cedo, mas fora isso não há muito com o que se maravilhar aqui.

O episódio 31 foi também bem melhor que os anteriores, e aqui visitamos um planeta onde as pessoas saem no braço de forma rotineira. É um conceito interessante, cujo ponto é na verdade o de uma sociedade que vive em plena honestidade com seus sentimentos, se batendo quando se irritam, mas também sendo rápidos em perdoar e rir uns com os outros.

O episódio 32 vem como o melhor dos três, sendo um episódio genuinamente bom e tocante. Conhecemos o Edmund, que viaja no 999 de volta à sua terra natal, só que quando lá chegamos ele descobre que a terra do planeta vem sendo vendida, com o planeta estando agora todo esburacado. Vê-lo desabar ao perceber que os lugares da sua infância já não existem mais é uma cena bem forte, e a mensagem ambientalista, enquanto nem de longe sutil, é também bem poderosa em si mesma (e bem contada).

E você, leitor, que está achando da temporada? Sinta-se a vontade para descer um pouco mais a página e deixar um comentário com a sua opinião.

4 comentários sobre “Comentários Semanais – JoJo Parte 5; Goblin Slayer; Bunny Girl; e muito mais.

    • Não tenho nem ideia. Mas não serão poucos. Séries passadas tiveram uma média alta de episódios.

      E assim, a cada cour (~12 eps) a Mana ganha uma nova marca do nanashi, aparentemente dos cinco elementos chineses. No momento ela tem duas, e deve ganhar a terceira agora no final desse cour. Então eu suponho que podemos esperar no mínimo mais uns 24 episódios.

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  1. Olha só: alguém falando de “Beelzebub-jou” e sim, é a cota de fofura da semana, o tom mais simpático, carismático e de tom pastel que temos. Aliás, 2018 teve sua cota de animes fofos e simpáticos, dos que vi temos “Miira no Kaikata”, “Gakuen Babysitters”, “Koneko no Chi” S2 e “Okoshiyasu Chitose-chan”, até o Pingu tem presença garantida. Bom ano de fofuras em animes…
    Seguindo com o Kitarou e a ideia de usar seus amigos contra você foi interessante, claro que, isso não se compara ao que este arco tem apresentado num todo, o de coexistência entre youkais de culturas diferentes e espero que a Agnes não morra, apesar disto ser uma possibilidade. Até mais!!!

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